O que é uma curva ABC?
Para qualquer empresa do setor varejista, o estoque é um ponto chave para o sucesso. Afinal, como você certamente já sabe, um bom controle de estoques é parte essencial de qualquer estratégia para assegurar a saúde financeira da sua empresa.
Para te ajudar a realizar esse controle de forma mais efetiva e eficaz, há uma série de ferramentas e técnicas disponíveis no mercado. Entre elas, três merecem maior destaque: as planilhas de acompanhamento e preenchimento manual, os softwares de gestão ERP com funcionalidade de controle integrado de estoques e, é claro, o cálculo da curva ABC.
A primeira dessas ferramentas – as planilhas – ganha pontos por oferecer uma solução simples, sem custo e de fácil implantação em qualquer varejo de pequeno ou médio porte. É possível encontrar na internet diversos modelos de planilhas para controle gerencial – incluindo aí as planilhas de controle de estoques, de fluxo de caixa, de cadastro de clientes e de controle comercial, entre outras.
A principal desvantagem da opção por planilhas é a necessidade de um controle rigoroso, para evitar falhas no preenchimento e incompatibilidade nos dados registrados. Esse processo pode acabar acarretando uma significativa perda de tempo da equipe e comprometer, assim, a qualidade do serviço oferecido ao seu cliente.
Para quem busca agilidade no controle diário de estoques, a melhor opção ainda é o sistema ERP online. E isso porque esta ferramenta permite integrar diversos aspectos do seu negócio de forma inteligente e interativa.
Assim, ao realizar uma nova venda, por exemplo, o sistema é capaz de automaticamente ajustar as quantidades dos itens vendidos no seu registro, além de conectar as informações do seu PDV ao módulo emissor de documento fiscal.
Com um ERP, a sua empresa otimiza processos e recursos, garantindo que a sua equipe esteja focada naquilo que realmente importa: o seu cliente.
Mas e quanto a terceira ferramenta mencionada, a curva ABC?
Vamos começar pelo começo:
O que é uma curva ABC?
Se a sua empresa trabalha com estoques e ainda não utiliza a análise ABC, está deixando passar uma ótima oportunidade de melhorar sua taxa de conversão.
A curva ABC é uma ferramenta analítica que permite determinar o perfil de vendas da sua empresa e, a partir daí, adequar a sua gestão de estoques de forma a melhor atender esse perfil.
Ao realizar a análise das vendas da sua empresa em determinado período (normalmente, no período de 12 meses), a sua equipe deverá classificar os itens do seu estoque de acordo com o volume de capital gerado pela venda de cada um deles.
A partir dos dados encontrados, será possível classificar os itens do seu estoque nas três categorias que dão nome à análise: A, B e C. Na primeira categoria – A – entram os itens que movimentaram um maior capital no período analisado, correspondendo à 80% do volume total de vendas da empresa.
Já na segunda categoria – B – serão listados os itens que, somados, correspondam à 15% do valor total de entradas no período. Na categoria C são incluídos o itens restantes, que respondem por uma parcela ínfima das vendas do período: 5%.
Se você chegou até aqui, certamente já está se perguntando: qual a utilidade da curva ABC para a sua empresa? E, de que forma essa análise de estoques pode impactar positivamente a sua taxa de conversão em vendas?
Vejamos a seguir:
Para quê serve a curva ABC?
Como se trata de uma análise cruzada que permite determinar o perfil de vendas do seu negócio, a curva ABC tem um impacto direto na sua gestão de estoques. Afinal, as três categorias são indicativos dos produtos com maior demanda ou que respondem por uma maior porcentagem da geração de receitas do seu negócio.
Os itens que forem classificados na categoria A são os mais importantes para a sua empresa. Normalmente, estes produtos são aqueles que motivam o seu cliente a buscar a sua marca em primeiro lugar – e, justamente por isso, não podem faltar em seus estoques.
O produtos incluídos na categoria B e C são responsáveis por agregar valor ao carro-chefe da sua marca, sendo ótimas apostas na hora de elevar o valor do ticket médio por cliente.
O mapeamento dessas categorias permite que a sua empresa desenvolva um planejamento e acompanhamento contínuo dos estoques, assegurando junto aos fornecedores um sistema de reposição dos itens “A” que permita suprir a demanda do seu negócio – sem impactar suas vendas.
Além disso, a identificação dos itens “B” e “C” fornece a oportunidade ideal para repensar a disposição desses itens no seu mostruário, seja ele em loja física ou virtual. O objetivo aqui seria buscar a criação de nichos temáticos, no qual o cliente seja “lembrado” da possibilidade de complementar a compra do item carro-chefe, “A”, com uma opção do mix “B” ou “C”.
O alinhamento das estratégias de gestão de estoques e de disposição de itens de acordo com os resultados obtidos pela análise ABC tem se mostrado uma fórmula bastante eficaz na hora de aumentar o montante de vendas do seu negócio.
Se você ainda não utiliza a curva ABC, está na hora de começar… Temos certeza de que você sentirá o impacto desta prática na hora de realizar o seu fluxo de caixa!
Mas por onde começar?
Como montar a curva ABC da sua empresa?
Tenha em mãos os dados de vendas referentes ao período que será analisado: o recomendável é trabalhar sempre com o período de 12 meses, para que a sua curva cubra todos os períodos de sazonalidade das vendas ao longo do ano.
Se a sua empresa já utiliza um sistema ERP online, o levantamento dessas informações vai ser feito de forma rápida e ágil, com um par de cliques. Da mesma forma, se a sua empresa possuir uma planilha de controle de vendas em utilização, o processo todo fica mais fácil.
Organize as informações das vendas em uma planilha de seis colunas, sendo a primeira destinada ao código interno de cadastro de cada item, e as seguintes conforme listado abaixo:
- Identificação do produto
- Quantidade de itens vendida
- Valor por item
- Valor total por produto
- Porcentagem em relação à receita total do período
- Classificação: A B C
Após realizar a entrada dos dados na planilha, organize os dados em ordem decrescente, de acordo com o valor total obtido por produto. A partir daí, basta somar as porcentagens para encontrar, no topo da planilha, quais os produtos que correspondem a cerca de 80% das receitas da empresa (A), aqueles que correspondem a cerca de 15% (B) e os que correspondem a 5% apenas (C).
Bem simples, não é mesmo? Então, que tal colocar as mãos à obra?
Depois, não esqueça de contar para a gente aqui nos comentários como foi a experiência!